SOMBRIO AMOR (Narrativa de Suspense)

quarta-feira, 29 de março de 2023


Produção de texto obtida na aula de Língua Portugesa, gênero suspense. 

SOMBRIO AMOR

Em uma bela manhã, pássaros formavam uma orquestra de admirar-se, o sol brilhava como uma pequena chama radiante, flores brancas coloriam todo o jardim. A mulher olha pela janela encantada com o que via, com seus olhos profundos e claros como o céu. Ela observava atentamente a garotinha brincar com suas duas bonecas de porcelana, como poderia existir uma figura tão inocente como as crianças? Com um singelo e puro sorriso, a senhora abre a janela e grita pela menina.

_Minha filha venha guardar suas roupas!

_Ah mais já? Estou indo mamãe.

A garota segura suas duas bonecas e sai correndo para dentro da grande e antiga casa.

_As roupas estão todas em seu quarto, se precisar de mim irei estar na sala.

_Certo mamãe.

No mesmo momento foi possível ouvir os passos de Maria indo em direção ao seu quarto, mas antes de continuar ela para e olha para a mãe.

_Se eu terminar essa tarefa, nós podemos brincar com a Bela e a Anna, igual sempre fazemos?

Crianças são cheias de perguntas, são como detetives e seus pais os suspeitos.

_Claro, quanto mais rápido você terminar, mais cedo vamos brincar.

Lena amava passar esses momentos ao lado de sua filha, diariamente as duas se divertiam brincando de boneca, pega-pega, faz de conta... cada minuto junto de Maria era gratificante, ainda mais depois de perder o único amor de sua vida para outra mulher mais jovem e mais bonita.

_Eba! Agorinha eu volto com tudo pronto.

Mais de 10 minutos se passam e como prometido lá estava a menina, segurando novamente suas duas bonecas, mal conseguia carregá-las por ser tão pequena e fraca.

_ Nossa, você foi muito rápida querida, realmente guardou tudo?

_Sim, tudinho! agora, qual das bonecas você quer ser?

_ Eu já te falei que te amo?

_Simm, você me fala todo dia isso mamãe! eu quero ser a Anna.

Lena ri discretamente da sinceridade da menina e concorda em ser a Bela. O tempo vai mostrando o seu poder, e em um piscar de olhos aquele belo dia dava lugar para o luar. Elas passaram o dia inteiro se divertindo juntinhas, mas ele não espera.

_Já é hora de ir para a cama doninha.

_ O que?!ah, não, ainda está cedo.

_ Sem enrolação direto para a cama.

_Tá bom.

A hora de dormir era a parte que Maria mais odiava, pois ela queria sempre estar brincando com a sua mãe e dormir atrapalhava os seus planos.

_Boa noite minha pequena.

A mulher se aproxima e dá um beijo na testa da filha.

_Boa noite para você também mamãe.

_Obrigada, vou desligar essa luz aqui.

_ Espera! Não desligue ela, eu não quero dormir no escuro, por favor.

_Olha meu bem, você não precisa ter medo do escuro esim deve enfrenta-lo!

Todos nós temos uma criança em nosso interior, criando medos com coisas mínimas como o escuro, tentamos negá-la, porém ela sempre irá existir.

_Sabe, quando eu tinha a sua idade eu tinha medo de bonecas.

_Bonecas?!

_ Sim, bonecas.

_Então eu decidi pegar a única que eu tinha, e dormir com ela. Foi assim que eu descobri que tudo aquilo era uma invenção do meu cérebro.

_Certo, eu vou enfrentar os meus medos igual uma guerreira! Pode desligar a luz.

_Isso mesmo, minha pequena guerreira.

Lena desliga a luz e fecha a porta, a noite estava escura, mal dava para enxergar aonde ela estava pisando, o vento soava como um assobio. Lena caminhava lentamente pelo corredor que cheirava a mofo, observando as fotos do seu ex-marido, “Como ele pode me deixar”, ela se questionava.

Ela abriu a antiga porta de madeira do seu quarto, o barulho era sufocante, seu corpo se arrepiava a cada instante que permanecia ao lado daquela porta, então fez questão de fecha-la rapidamente.

A água escorria pelo seu corpo, enquanto aquela sensação estranha voltava a assombra-la, porque ela? O que era esse sentimento? sua respiração começa a aumentar, suas pernas tremiam. Ela desliga o chuveiro, pega a toalha e retira-se do banheiro. Ao sair, sente o frio arrepiando todo o seu corpo, se apressa e veste um longo vestido com mangas longas. O tempo é o seu maior inimigo só piora a situação, não conseguia dormir por causa daquele sentimento e não parava de soar, assim, ela decidiu ir na janela tomar um ar, o silêncio era diabólico, nenhum som somente o vento, chegando na janela, Lena coloca suas mãos magras e geladas sobre o objeto, respirando calmamente, porém nada adiantava aquele sentimento de culpa só aumentava. De repente um barulho foi ouvido por ela, olhou cuidadosamente para o jardim e teve uma surpresa, as flores brancas anteriormente recebiam um vermelho vívido, mas o que era aquilo? Seu coração estava para sair de sua boca, e mal conseguia ficar de pé por causa das pernas bambas, logo depois, vários gritos e sussurros estavam sendo ouvidos em sua cabeça, gritos de terror e medo, de repente Maria era um desses, seu extinto de mãe ativou. Ela corria em rumo ao quarto da filha, o vento aumentava assim como os gritos. 

Chegando no corredor das fotos do ex-marido para a surpresa de Lena aquele não era o homem que a uma semana tinha te abandonado e sim sua pequena Maria! mas, a menininha estava diferente, ela usava um vestido branco sujo, cabelo bagunçado e com manchas avermelhadas pelo corpo. A mulher ficou espantada, como essas fotos apareceram lá?

por que sua querida filha estava daquele jeito? E que monstro teria coragem de fazer algo parecido com uma simples criança! Lena corria, gritava e chorava em direção ao quarto da garota, mas antes mesmo de abrir a porta do quarto da menina sua visão ficou embaçada e tudo ficou preto.

*Silêncio*

_Então você é a senhora Lena Silva?

_*Silêncio*

_Responda.

_S-Sim, sou eu.

_ Por que?

_Estava bêbada, meu marido...

_Sim, já sabemos disso.

_ Não tive a intensão. Minha pequena Maria....

_Você será presa até que a sua audiência seja marcada.

Podem levar ela!

O amor entre essa mãe e a sua filha não durou muito tempo, e graças a negação foi destruído ainda jovem.

Escito por:  Gabriela Duarte (8º ano A)

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