ELES DIZEM: o ninho é um lugar feliz
ELES DIZEM: você vai aprender a voar
Será que é verdade?
TREINAR, TREINAR E TREINAR
Somente assim você irá voar.
Pássaros riam de você
Há, há, há, há
Outros reclamam de suas asas
Pequenas, indefesas, feias.
Será que vou voar?
Observa, abre as suas asas, inclina, e.
ERRA.1,2,3 vezes sem parar.
Todos riam, você os observa
Como que vou sobreviver sem voar?
O dia chegou
Suas asas grandiosas o ajudam a voar
Sobe e desce
Como um lindo animal, um pássaro escolar.
Agora basta pensar
O predador se torna a presa
Você sabe voar,
Mas, você sabe sobreviver
Sem eles, sem o seu lar?
Falta achar um bando
Você sabe achar comida?
Não existe ela no bico
(Não mais)
Somente sei voar
Todos estão atrás de mim
Viver é relativo ou negativo
A liberdade é uma tragédia
E a dúvida um crime.
Preciso achar um lugar
Norte ou sul
Irei migrar
E nunca mais voltar
Para o meu ninho
Para o meu lar
Esse lugar
Que me ensinou
A chorar, odiar, pensar, amar e
Voar.
No final, sou apenas
Um animal com asas
Que mal sabe usa-las.
Autora: Gabriela Eduarda
MENTE ROBÓTICA - Por Gabriela Eduarda
quarta-feira, 30 de agosto de 2023
MENTE ROBÓTICA
SOMBRIO AMOR (Narrativa de Suspense)
quarta-feira, 29 de março de 2023
Em uma bela manhã, pássaros formavam uma orquestra de admirar-se, o sol brilhava como uma pequena chama radiante, flores brancas coloriam todo o jardim. A mulher olha pela janela encantada com o que via, com seus olhos profundos e claros como o céu. Ela observava atentamente a garotinha brincar com suas duas bonecas de porcelana, como poderia existir uma figura tão inocente como as crianças? Com um singelo e puro sorriso, a senhora abre a janela e grita pela menina.
_Minha filha venha guardar suas roupas!
_Ah mais já? Estou indo mamãe.
A garota segura suas duas bonecas e sai correndo para dentro da grande e antiga casa.
_As roupas estão todas em seu quarto, se precisar de mim irei estar na sala.
_Certo mamãe.
No mesmo momento foi possível ouvir os passos de Maria indo em direção ao seu quarto, mas antes de continuar ela para e olha para a mãe.
_Se eu terminar essa tarefa, nós podemos brincar com a Bela e a Anna, igual sempre fazemos?
Crianças são cheias de perguntas, são como detetives e seus pais os suspeitos.
_Claro, quanto mais rápido você terminar, mais cedo vamos brincar.
Lena amava passar esses momentos ao lado de sua filha, diariamente as duas se divertiam brincando de boneca, pega-pega, faz de conta... cada minuto junto de Maria era gratificante, ainda mais depois de perder o único amor de sua vida para outra mulher mais jovem e mais bonita.
_Eba! Agorinha eu volto com tudo pronto.
Mais de 10 minutos se passam e como prometido lá estava a menina, segurando novamente suas duas bonecas, mal conseguia carregá-las por ser tão pequena e fraca.
_ Nossa, você foi muito rápida querida, realmente guardou tudo?
_Sim, tudinho! agora, qual das bonecas você quer ser?
_ Eu já te falei que te amo?
_Simm, você me fala todo dia isso mamãe! eu quero ser a Anna.
Lena ri discretamente da sinceridade da menina e concorda em ser a Bela. O tempo vai mostrando o seu poder, e em um piscar de olhos aquele belo dia dava lugar para o luar. Elas passaram o dia inteiro se divertindo juntinhas, mas ele não espera.
_Já é hora de ir para a cama doninha.
_ O que?!ah, não, ainda está cedo.
_ Sem enrolação direto para a cama.
_Tá bom.
A hora de dormir era a parte que Maria mais odiava, pois ela queria sempre estar brincando com a sua mãe e dormir atrapalhava os seus planos.
_Boa noite minha pequena.
A mulher se aproxima e dá um beijo na testa da filha.
_Boa noite para você também mamãe.
_Obrigada, vou desligar essa luz aqui.
_ Espera! Não desligue ela, eu não quero dormir no escuro, por favor.
_Olha meu bem, você não precisa ter medo do escuro esim deve enfrenta-lo!
Todos nós temos uma criança em nosso interior, criando medos com coisas mínimas como o escuro, tentamos negá-la, porém ela sempre irá existir.
_Sabe, quando eu tinha a sua idade eu tinha medo de bonecas.
_Bonecas?!
_ Sim, bonecas.
_Então eu decidi pegar a única que eu tinha, e dormir com ela. Foi assim que eu descobri que tudo aquilo era uma invenção do meu cérebro.
_Certo, eu vou enfrentar os meus medos igual uma guerreira! Pode desligar a luz.
_Isso mesmo, minha pequena guerreira.
Lena desliga a luz e fecha a porta, a noite estava escura, mal dava para enxergar aonde ela estava pisando, o vento soava como um assobio. Lena caminhava lentamente pelo corredor que cheirava a mofo, observando as fotos do seu ex-marido, “Como ele pode me deixar”, ela se questionava.
Ela abriu a antiga porta de madeira do seu quarto, o barulho era sufocante, seu corpo se arrepiava a cada instante que permanecia ao lado daquela porta, então fez questão de fecha-la rapidamente.
A água escorria pelo seu corpo, enquanto aquela sensação estranha voltava a assombra-la, porque ela? O que era esse sentimento? sua respiração começa a aumentar, suas pernas tremiam. Ela desliga o chuveiro, pega a toalha e retira-se do banheiro. Ao sair, sente o frio arrepiando todo o seu corpo, se apressa e veste um longo vestido com mangas longas. O tempo é o seu maior inimigo só piora a situação, não conseguia dormir por causa daquele sentimento e não parava de soar, assim, ela decidiu ir na janela tomar um ar, o silêncio era diabólico, nenhum som somente o vento, chegando na janela, Lena coloca suas mãos magras e geladas sobre o objeto, respirando calmamente, porém nada adiantava aquele sentimento de culpa só aumentava. De repente um barulho foi ouvido por ela, olhou cuidadosamente para o jardim e teve uma surpresa, as flores brancas anteriormente recebiam um vermelho vívido, mas o que era aquilo? Seu coração estava para sair de sua boca, e mal conseguia ficar de pé por causa das pernas bambas, logo depois, vários gritos e sussurros estavam sendo ouvidos em sua cabeça, gritos de terror e medo, de repente Maria era um desses, seu extinto de mãe ativou. Ela corria em rumo ao quarto da filha, o vento aumentava assim como os gritos.
Chegando no corredor das fotos do ex-marido para a surpresa de Lena aquele não era o homem que a uma semana tinha te abandonado e sim sua pequena Maria! mas, a menininha estava diferente, ela usava um vestido branco sujo, cabelo bagunçado e com manchas avermelhadas pelo corpo. A mulher ficou espantada, como essas fotos apareceram lá?
por que sua querida filha estava daquele jeito? E que monstro teria coragem de fazer algo parecido com uma simples criança! Lena corria, gritava e chorava em direção ao quarto da garota, mas antes mesmo de abrir a porta do quarto da menina sua visão ficou embaçada e tudo ficou preto.
*Silêncio*
_Então você é a senhora Lena Silva?
_*Silêncio*
_Responda.
_S-Sim, sou eu.
_ Por que?
_Estava bêbada, meu marido...
_Sim, já sabemos disso.
_ Não tive a intensão. Minha pequena Maria....
_Você será presa até que a sua audiência seja marcada.
Podem levar ela!
O amor entre essa mãe e a sua filha não durou muito tempo, e graças a negação foi destruído ainda jovem.
Escito por: Gabriela Duarte (8º ano A)