APEGO SANGUINÁRIO
Da minha terra, o meu lugar, tenho pouco o que citar. Andava pelas ruas solitárias, um ar sombrio e calmo assombrava a cidade. Nasci e cresci em um berço caótico, o centro urbano é o lar dos elementos mais temidos pelo ser que somos. Os cassinos iluminavam o ambiente feito vagalumes, durante o dia fecham as portas e a noite afloram novamente.O desejo de apostar é amedrontador, uma faísca é acesa a cada jogada, quero continuar apostando e falhando.
A noite estava como sempre, turbulenta.Eu caminhava em direção a minha casa, pois o cansaço me consumia, no entanto, enquanto percorria o caminho encontrei um pequeno sanguessuga. Arrisquei e com um pedaço de papel peguei o ser. Chegando no meu destino preparei um pote para o parasita. Esse era o meu melhor pote.
Todos os dias eu o-alimentava, suas garras penetravam na minha pele, aos poucos o vermelho emerge, superficial e ardente. Quanto sangue você pode tirar com suas garras? Minhas lágrimas escorriam, e quando ele estava satisfeito, apenas retornava para a sua casa. Eu estarei ao lado dele até a minha morte, sentindo e cuidando-o todos os dias, alguém para me ver partir, lentamente eu aguardo por esse momento, porém acompanhada e não abandonada.
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