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Educar com paixão: Um olhar sobre a jornada de um professor.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

 
Conversamos com Célia Regina, licenciada em Geografia, para saber sua trajetória profissional, tendo como foco principal sua carreira na Escola Estadual Couto Magalhães.

O tema é especialmente relevante diante das mudanças, da educação da escola onde presencialmente atua.

Entrevistador: Como foi entrar no ramo da educação? Quais os desafios enfrentados?
Entrevistada: Sim. Pois eu estava começando, não tinha uma estrutura pedagógica, mas a cada dia estudando, trabalhando e tendo a colaboração e o apoio de colegas com mais tempo de trabalho consegui ir vencendo os desafios.

Entrevistador: Já havia trabalho em outras escolas antes de ingressar na Couto Magalhães?
Entrevistada: Sim. Entrei na Couto quando já estava na metade da minha carreira. Antes eu atuava como professora em Goiânia, sendo efetiva municipal por cerca de 10 anos e depois sendo efetiva estadual em Goiás entorno de 15 anos. Fui professora na PUC de Goiás, atuando na disciplina de geografia, trabalhando cartografia.


Entrevistador: Em que ano se efetivou na Couto Magalhães?
Entrevistada: Efetivei-me na Couto em 2009, quando me mudei para Campinápolis pedindo licença por interesse particular em Goiás. Em dezembro de 2010, quando a licença estava espirando, passei no concurso e assumi em janeiro de 2011.


Entrevistador: Como era a Gestão escolar, os métodos utilizados, as diferenças entre as escolas em que a senhora já trabalhou em relação a Couto?
Entrevistada: Houve muitas diferenças, começando pelos profissionais que trabalhavam mais por contrato e atuavam em áreas não especializadas. Era tudo tranquilo, não tinha tantos problemas como nas outras escolas.


Entrevistador: Houve uma ocasião em que aconteceu um afastamento por parte da senhora. Como foi voltar a sala de aula depois de quase 5 anos?
Entrevistada: Para mim foi um recomeço. Enfrentei alguns desafios como sentir um friozinho na barriga e insegurança se o método de ensino que eu utilizava antes de me afastar ainda era eficaz. Superei essas barreiras, pude reencontrar meu valor profissional, minha autoestima e fui muito bem recepcionada pela Gestão e pelos alunos.


Célia destacou a importância de sua carreira, a sua trajetória para se tornar uma grande profissional atuante na Escola Couto Magalhães. Agradecemos a Célia Regina, por compartilhar sua experiência e conhecimento.


Texto por: Izabely, Yan e Gabriela (1º ano A)

O uso de celulares nas escolas tem se tornado um desafio cada vez maior. Em muitas situações, os alunos acabam usando os aparelhos de forma inadequada, como para jogar ou mexer nas redes sociais, em vez de utilizá-los para aprender ou pesquisar algo útil. Isso atrapalha bastante as aulas, já que eles deixam de prestar atenção no que o professor está explicando e, muitas vezes, ainda distraem os colegas ao redor. Outro problema é que muitos estudantes usam o celular para procurar respostas prontas em atividades escolares, mesmo quando as tarefas são simples. Isso cria um hábito ruim, porque eles acabam não aprendendo a pensar por conta própria. Quando precisam resolver algo sem o celular, sentem dificuldade, pois não estão acostumados a desenvolver habilidades como o raciocínio lógico ou a criatividade.

O Ministério da Educação (MEC) vai fazer parte do primeiro Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028, com investimentos de R$ 817 milhões em ações educacionais.Esses tecnologias tem o intuito de auxiliar os estudantes nas atividades escolares,além de oferecer segurança para os usuários,uma dessas tecnologia se destaca na escola Couto Magalhães:o chat gpt,basicamente você acessa um chat para conversar com a ferramenta e solicitar qualquer tipo de informação; o dispositivo, utilizando uma base de dados gigantesca, é capaz de te responder, te poupando do esforço de pesquisar por conta própria e de estruturar um texto explicando o conteúdo. Nele é possível reformular ideias e até mesmo utilizá-lo como um professor de qualquer área do conhecimento.A professora de Língua Portuguesa Gardenya em suas aulas na instituição usa a ferramenta para corrigir redações dos alunos ,sendo um recurso promissor e prático. Todavia, há um contraste entre os investimentos e os planos governamentais de contenção, como a proibição dos celulares pelo governo de Mato Grosso nas escolas estaduais, visando reduzir esses impactos.

Ao questionarmos alguns alunos da rede estadual de ensino sobre a nova medida, a resposta foi de caos e descontentamento, já que até mesmo no recreio ( onde supostamente os alunos deveriam socializar) os jovens não desconectam da telinha. Havia também uma onda de preocupação em relação às provas “ como vamos colar na prova do neto?” diz um aluno do 1° ano ‘“a” e o mesmo indaga “ O que eu vou fazer nessa “porcaria” de escola?”.

Embora seja triste que essa tenha se tornado a visão dos estudantes, esse pensamento é sustentado pelo estado e gestão, por mais que os mesmos digam o contrário. Um exemplo desta conjuntura são as provas bimestrais oferecidas pela plataforma plural, em uma turma da Couto Magalhães com 30 alunos, 25 “colaram”, e outra com aproximadamente o mesmo número de alunos 100% do adolescentes “colaram”, tais números se estendem por toda escola. Nestes caso há uma negligência governamental, uma vez que medidas recentes mostram um interesse da parte da gestão de MT por enormes resultados ( mesmo que não sejam verdadeiros) se o Governo Mato Grossense está tão preocupado com “ os resultados” deveriam oferecer não só a tecnologia, como já vem fazendo, mas também ferramentas de monitoramento, por exemplo uma maior fiscalização de abas na hora da prova e banimentos de muitos site, uma vez que pela experiência da couto Magalhães, os resultados oferecidos são definitivamente irreais.

A equipe de profissionais da escola também tem relevância no problema, onde estavam os professores em uma turma onde todos os alunos estavam fazendo o uso indevido do celular na hora da avaliação bimestral? Há burburinhos entre os alunos que até mesmo alguns profissionais estavam incentivando o uso dos aparelhos nessas situações.

De toda forma, o uso indevido da tecnologia é um problema global que abrange diversas discussões, possui inhumas causas e viesses, entretanto a iniciativa estadual é uma importante arma no combate aos impactos causados pelos malefícios do meio digital, é esperado que a medida amenize a crise ocasionada pelas novas tecnologias e a inteligência artificia, e desta forma “force” os alunos a pensarem por conta própria.


ESCOLA ESTADUAL COUTO MAGALHÃES:
UM SÍMBOLO DE EDUCAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO EM CAMPINÁPOLIS

Criado por:
Emilly Souza Santos, Izadora Lagares Gonçalves Peixoto e Maria Rita Costa Melo.

A Escola Estadual Couto Magalhães, situada em Campinápolis, Mato Grosso, é a primeira instituição de ensino do município e representa um marco no desenvolvimento educacional da região. Criada oficialmente em 5 de outubro de 1984, pelo Decreto de Lei nº 918/84, e credenciada pela Portaria nº 066/07-CEE/MT, a escola consolidou-se como referência em educação básica, ofertando ensino fundamental e médio. Sua história, no entanto, começa antes mesmo de sua estadualização, em um período marcado por desafios sociais e econômicos.

Origem e Primeiros Passos

A história da escola remonta a 1975, no então povoado Vila Jatobá, pertencente ao município de Barra do Garças. Com infraestrutura precária, ruas de terra e a ausência de energia elétrica, as famílias da região enfrentavam inúmeras dificuldades para acessar a educação. Nesse cenário, surgiu a liderança de Maria Custódio Ferreira da Silva, conhecida como Dona Todinha. Professora e subprefeita do povoado, ela liderou a mobilização que resultou na criação da primeira escola da localidade, funcionando em uma fazenda cedida por Maria do Carmo Souza Silva.

Com o apoio de um grupo de famílias locais, foi possível formalizar o pedido de abertura da escola, que atendia crianças até a 4ª série. A partir de então, a demanda cresceu, e em 1980, já como distrito de Nova Xavantina, Campinápolis começou a se estruturar para oferecer ensino a um maior número de alunos. O esforço comunitário culminou na construção de um prédio de tijolos em 1987, consolidando a estadualização e o novo nome: Escola Estadual de 1° e 2° Grau “Couto Magalhães”.


Homenagem ao General José Vieira Couto de Magalhães

O nome da escola homenageia o General José Vieira Couto de Magalhães, uma das figuras mais marcantes do Segundo Reinado no Brasil. Mineiro ilustre, foi desbravador, cientista, literato, historiador, poeta, astrônomo e sociólogo. Sua atuação em Mato Grosso deixou um legado duradouro, que incluiu contribuições para a ciência, a cultura e a administração pública. Couto de Magalhães era reconhecido por sua visão progressista e esforços em integrar e desenvolver regiões isoladas do país. Inspirada por seu legado, a escola busca formar cidadãos críticos, conscientes e capazes de transformar a sociedade. Seu papel vai além da educação formal, promovendo valores como igualdade, respeito à diversidade cultural e solidariedade.


A Comunidade Escolar e os Desafios do Presente

A Escola Estadual Couto Magalhães reflete o perfil socioeconômico da comunidade de Campinápolis, um município marcado por contrastes sociais e econômicos. A região apresenta um baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e a escola atende a um público diversificado, incluindo uma significativa parcela de indígenas da etnia Xavante, que representam cerca de 30% dos alunos. 

Os estudantes indígenas enfrentam barreiras linguísticas e culturais, que muitas vezes resultam em dificuldades de aprendizado e índices de evasão escolar mais elevados. Além disso, a escola também acolhe alunos da zona rural, vindos de assentamentos como PA Santa Célia, Santo Idelfonso e Santa Cruz. Muitos desses jovens percorrem longas distâncias para chegar à escola, utilizando transporte escolar ou enfrentando condições adversas.

No período noturno, a instituição oferece a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Ensino Médio Regular, atendendo trabalhadores que precisam conciliar estudo e trabalho. Essa realidade, entretanto, contribui para a evasão, já que muitos alunos enfrentam jornadas exaustivas para sustentar suas famílias.


Missão e Impacto Social

Com uma filosofia voltada para o desenvolvimento integral do educando, a escola tem como objetivos principais o fortalecimento da cidadania, a igualdade de acesso ao ensino e a preparação para o mercado de trabalho e estudos futuros. A instituição também promove a interação ativa com as famílias, buscando fortalecer os laços entre escola e comunidade. Além disso, a escola desempenha um papel central na vida cultural e social do município. Única a oferecer Ensino Médio na cidade, ela é uma referência educacional para jovens e adultos. Apesar de suas limitações, continua sendo um ponto de esperança para as famílias locais, proporcionando oportunidades de aprendizado e desenvolvimento pessoal.

Educação do Campo e Inclusão

A Escola Estadual Couto Magalhães também se destaca pela oferta de Educação do Campo, modalidade que valoriza os conhecimentos e necessidades da população rural. Por meio de uma abordagem inclusiva, promove temas como defesa do meio ambiente, tecnologias agrícolas e exercício político. Essa iniciativa reforça o compromisso da escola em atender às particularidades de sua comunidade, respeitando a diversidade cultural e socioeconômica.

Conclusão

A Escola Estadual Couto Magalhães é muito mais do que um espaço de ensino. Desde suas origens modestas até o papel atual como protagonista na formação de gerações, ela simboliza a resistência e o compromisso com a educação de qualidade. Inspirada pelo legado de Couto de Magalhães, a instituição segue contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, superando desafios e promovendo transformação.

Veja mais fotos antigas da escola na galeria abaixo:

Fotos antigas - EE Couto Magalhães - Campinápolis - MT

 "O Inglês como Ferramenta de Transformação: A Trajetória do Professor Ricardo."

Uma conversa sobre ensino, desafios e sonhos na educação.

  • Sobre a sua trajetória profissional.

Como você começou a sua carreira como

professor de inglês?

Em 2005 eu comecei a substituir o professor José Maria,eu tinha dois anos que eu fazia um curso de inglês em Nova Xavantina, aí eu fiquei na educação de 2005 até 2010,depois que saí, fiquei um tempo na parte administrativa e retornei em 2018.

  • O que inspirou a sua decisão de

seguir em sua profissão?

Não foi algo planejado.

Eu fazia curso de inglês e aí o professor

Adilson, que era diretor da Anastácio, falou assim, “você podia pegar umas aulas de inglês”. E eu pensei -Não, mas eu só tenho dois anos de curso.

“Não, mas pode pegar lá, nem que você arranha o inglês”.

Então comecei assim.

Aí comecei, gostei e estou até hoje.

  • Sobre os métodos de ensino, qual é 

a sua abordagem de atividades?

Hoje existem tantos métodos de ensino, mas eu gosto muito de trabalhar com a questão do ensino por compensação, de uma forma avaliativa e de gamificação.

  • Sobre desafios e conquistas, quais são os maiores desafios que você enfrenta ao ensinar inglês? Você prefere métodos tradicionais ou usa técnicas mais modernas?

O maior desafio,é porque é uma língua estrangeira?

É uma língua que vocês, como aluno, tem pouco contato no dia a dia, para que isso tivesse uma alavancagem um pouco

Deveria ser diário, mas acaba que não é.     Então, o desafio maior é isso, né?

Por ser uma língua que é uma língua falada no mundo todo, mas que não tem tanto acesso para nós.

  • Qual foi a conquista mais significativa da sua carreira até agora?

Ah, eu acho que no tempo de conquista a gente fala de concurso público, né?

Eu acho que é o concurso.


Entrevistadoras:Amanda Alves,Luandra Oliveira e Rebeca Correia

Entrevistado:Ricardo Macelly